Leia o trecho abaixo da obra Morte e vida Severina, publicado em 1956, do poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
(...)
– Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
– é de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.
– Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
(...)
– Viverás, e para sempre
na terra que aqui aforas:
e terás enfim tua roça.
(...)
(www.culturabrasil.pro.br)
O poeta faz referência
à morte, que a todos atinge de forma indistinta.
aos problemas que envolvem a distribuição de terras no Brasil.
à política que visa diminuir as distâncias entre ricos e pobres.
ao direito de propriedade, consagrado na Constituição.
aos resultados positivos do programa de reforma agrária.