Leia o trecho a seguir:
“No mundo da globalização, o espaço geográfico ganha novos contornos, novas características, novas definições. E, também, uma nova importância, porque a eficácia das ações está estreitamente relacionada com a sua localização. Os atores mais poderosos se reservam os melhores pedações do território e deixam o resto para os outros. Numa situação de extrema competitividade como essa em que vivemos, os lugares repercutem os embates entre os diversos atores e o território como um todo revela os movimentos de fundo da sociedade. A globalização, com a proeminência dos sistemas técnicos e da informação, subverte o antigo jogo da evolução territorial e impõe novas lógicas.”
(SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização: do pensamento único à consciência universal. 11ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, p 70).
A partir do fragmento, pode-se afirmar que o fim do século XX e início do XXI possui a seguinte característica:
As grandes corporações destruíram qualquer heterogeneidade política e cultural.
Os Estados-nação perderam totalmente o poder de legislar políticas econômicas e sociais.
O setor financeiro perdeu força na organização territorial dos países periféricos ficando restrito aos países centrais.
A globalização desfez os conflitos territoriais, já que o valor do tempo é muito superior ao valor do espaço.
A importância dos fatores locacionais da produção foi subvertida e apropriada pelas corporações.