Leia o trecho a seguir:
“A imagem do Egito antigo que temos no senso comum do ocidente contemporâneo é tão artificial que uma criança dificilmente associa o Egito ao seu continente, a África (...). O povo do Egito antigo era negro. Diversos textos antigos (gregos e árabes) assim os relatam. Na historiografia moderna, porém, esses textos são ignorados. O processo de construção de uma imagem eurométrica do povo egípcio se dá de forma maquínica: a arte, a literatura e a mídia ocidentalizam sua imagem (embranquecem a pele e normativizam suas relações sociais pelo padrão europeu); sua existência enquanto povo é dissociada da África”.
(COURI, Aline. O embranquecimento histórico do Egito. 11 abr. 2016. Disponível em http://www.geledes.org.br Acesso em 25 fev. 2018).
Segundo o ponto de vista exposto no texto pela pesquisadora Aline Couri, a respeito desse processo de “branqueamento” do Egito antigo, é correto afirmar que:
Ele é fruto do desejo daquele povo em se assemelhar aos europeus da época, potencialmente superiores.
É um processo oriundo dos documentos históricos que descreveram o povo egípcio de tez clara, caucasiana.
Trata-se de um racismo reverso, pois os egípcios de hoje procuram se distanciar de seu passado europeizado.
Trata-se de um racismo historiográfico, que negligenciou a negritude de um dos mais importantes povos africanos.
Trata-se de uma visão oriunda das crianças árabes e gregas, que não associam o Egito ao seu continente, a África.