Leia o texto seguinte.
“A nossa Pátria está miseravelmente lacerada de conspiratas. Políticos e governos tratam de interesses imediatos, por isso é que conspiram. [...] E enquanto isso, o comunismo trama contra todos. Nós pregamos a franqueza e a coragem mental. Somos pelo Brasil unido, pela família, pela propriedade, pela organização e representação legítima das classes; pela moral religiosa; pela participação direta dos intelectuais no governo da República; pela abolição dos Estados dentro dos Estados; [...] por uma campanha nacionalista contra a influência dos países imperialistas, e, sem tréguas, contra o comunismo russo”.
SALGADO, Plínio. Manifesto da Ação Integralista Brasileira. In.: DEL PRIORE, Mary. O livro de ouro da História do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p.318.
O trecho acima foi extraído do “Manifesto da Ação Integralista Brasileira” (AIB), de 1932 e foi elaborado pelo jornalista e escritor Plínio Salgado.
Em relação ao Movimento Integralista, marque a alternativa correta.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi caracterizada por adotar um conjunto de símbolos muito próximos ao Nazismo. A despeito da saudação “Anauê!”, que em tupi-guarani significa “você é meu irmão”, os integralistas adotaram gestual similar ao gesto nazista, camisas pardas e braçadeiras como uniforme.
O Integralismo tinha uma posição bastante rígida em relação à raça, tal como os nazifascismos europeus. Acreditavam na supremacia branca e na subjugação do Negro e do Índio no Brasil. Era um movimento declaradamente antissemita.
Apesar de uma aproximação inicial com o governo de Getúlio Vargas, os integralistas passaram a sofrer repressões a partir de 1937, com a implementação do Estado Novo e a extinção de todos os partidos políticos.
O Movimento Integralista defendia o enfraquecimento do poder do Estado sobre os indivíduos, defendendo ao mesmo tempo a economia liberal e o conservadorismo no campo da moral e dos costumes.
Os principais representantes do Movimento Integralista eram os operários e pequenos produtores rurais e, entre os seus mais famosos líderes estão Plínio Salgado, Luís Carlos Prestes e Gustavo Barroso. No auge, a Ação Integralista Brasileira chegou a possuir por volta de 100 mil filiados.