Leia o texto que segue.
O Tempo
Mário Quintana
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Disponível em: http://www.bilibio.com.br/poema/199/O+tempo+de+Mario+Quintana.html, consultado em 17/05/2015.
A respeito do poema II, III e IV., de Mário Quintana, analise as assertivas abaixo:
I. se insere na poesia contemporânea e, como tal, não apresenta em sua estrutura rima ou métrica.
II. apresenta a vida vivida como obrigação e, ao identificá-la como dever de casa, a vê como uma aprendizagem.
III. defende que os deveres de casa não podem ser deixados para depois, tal como deixamos a vida para depois.
IV. utiliza-se da conjunção quando com valor temporal, com o que enfatiza que o tempo passa inevitável e imperceptivelmente.
A respeito das assertivas acima, é correto o que se afirma em:
II, III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
I, II e IV.