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Sua excelência
[O ministro] vinha absorvido e tangido por uma chusma de sentimentos atinentes a si mesmo que quase lhe falavam a um tempo na consciência: orgulho, força, valor, satisfação própria etc. etc.
Não havia um negativo, não havia nele uma dúvida; todo ele estava embriagado de certeza de seu valor intrínseco, das suas qualidades extraordinárias e excepcionais de condutor dos povos. A respeitosa atitude de todos e a deferência universal que o cercavam, reafirmadas tão eloquentemente naquele banquete, eram nada mais, nada menos que o sinal da convicção dos povos de ser ele o resumo do país, vendo nele o solucionador das suas dificuldades presentes e o agente eficaz do seu futuro e constante progresso.
Na sua ação repousavam as pequenas esperanças dos humildes e as desmarcadas ambições dos ricos
Era tal o seu inebriamento que chegou a esquecer as coisas feias do seu ofício... Ele se julgava, e só o que lhe parecia grande entrava nesse julgamento.
As obscuras determinações das coisas, acertadamente, haviam-no erguido até ali, e mais alto levá-lo-iam, visto que, só ele, ele só e unicamente, seria capaz de fazer o país chegar ao destino que os antecedentes dele impunham.
(Lima Barreto. Os bruzundangas. Porto Alegre: L&PM, 1998, pp. 15-6)
A relação de sentido que a expressão visto que imprime ao contexto em que se encontra, no último parágrafo, equivale à destacada em:
A memória às vezes falha, mesmo a dos mais jovens.
Contanto que nada falte aos filhos, ele pode deixar a casa.
Tudo fez para nos agradar.
O auditório ficou lotado, tão logo se abriram suas portas.
Pode ter um ou dois amigos apenas, pois está quase sempre sozinho.