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Este primeiro momento das Minas de Ouro foi marcado por um sem-número de tumultos, de crimes e de convulsões de toda a sorte. […] Não só da capitania vizinha de São Paulo vieram os aventureiros em busca de riqueza fácil […].
Da própria Metrópole vieram aventureiros, e as estatísticas mostram que cerca de 10 mil indivíduos deixaram anualmente Portugal com destino à Colônia durante os sessenta primeiros anos do século XVIII. Tratou-se, pois, de um verdadeiro rush, para alguns — como Caio Prado Jr. — superior ao ocorrido com a descoberta das minas californianas do século XIX.
Os que assim se moviam atraídos pela visão tentadora do Eldorado encontravam uma realidade bastante diferente da que lhes coloria os sonhos.
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria nas Minas Gerais, 1983.)
A corrida do ouro nas Minas Gerais do século XVIII representou, entre outras implicações,
o interesse dos senhores de engenho de deslocarem capitais para o setor da mineração, além da disposição de brasileiros e portugueses de viverem novas aventuras.
a consumação do sonho da metrópole de obter amplos recursos financeiros a partir da exploração aurífera, além do anseio individual de enriquecimento rápido.
a oportunidade da metrópole de igualar-se financeiramente a Inglaterra e França e a concorrência entre empresas multinacionais de exploração aurífera.
o desinteresse da metrópole na produção agrícola e na pecuária e a chance dos escravos de obter recursos para a compra da alforria da própria família.
o esforço do Brasil de concorrer com a produção de ouro dos Estados Unidos e a busca por empresários nacionais de recursos para o investimento na industrialização.