Leia o texto para responder à questão.
Embora tenha ocorrido nos EUA um declínio de 27% nas taxas de morte por câncer desde 1994, a queda não beneficiou a todos de forma igual: a mortalidade de pobres e não brancos ficou acima dessa média. Uma razão para isso é que pessoas que vivem na pobreza têm taxas mais baixas de exames de rotina e chance menor de receber o melhor tratamento possível; e afro-americanos, americanos nativos e hispânicos têm mais chances de viverem na pobreza do que brancos e asiáticos. Estudo divulgado no periódico Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention, por exemplo, mostra que mulheres negras e hispânicas em Chicago têm probabilidade menor de serem diagnosticadas nos centros de primeira linha na comparação com as brancas.
Quando trabalhei como enfermeira numa comunidade carente no sul de Chicago, vi como era difícil encaminhar as mulheres com sintomas de problemas na mama para tratamento nos principais centros médicos acadêmicos. Em especial, mulheres sem seguro-saúde eram mais frequentemente enviadas para o hospital do condado, que tem menor capacidade de diagnósticos de última geração. Ainda hoje, o código postal e a condição do seguro-saúde podem influenciar se uma mulher receberá tratamento para o câncer em centros de excelência.
E, embora a sobrevivência ao câncer de mama em geral tenha melhorado com o tempo, a Sociedade Americana de Câncer diz que as disparidades continuam: a taxa de cinco anos de sobrevivência é de 92% para mulheres brancas, mas de 83% para as negras; as últimas têm maior probabilidade de sofrerem dos tipos mais agressivos de tumores e de serem diagnosticadas em estágios mais avançados da doença, fatores que contribuem para as estatísticas de câncer. Em 2015, as negras tinham uma chance 39% maior do que as brancas de morrerem de câncer de mama.
(Janice Phillips. “Se você é pobre, não tenha câncer”. Scientific American Brasil, junho de 2019. Adaptado.)
As passagens sublinhadas em “a queda não beneficiou a todos de forma igual: a mortalidade de pobres e não brancos ficou acima dessa média” e “eram mais frequentemente enviadas para o hospital do condado, que tem menor capacidade de diagnósticos de última geração” apresentam, respectivamente, sentido de:
detalhamento e explicação.
reiteração e exemplificação.
comparação e exemplificação.
consequência e suposição.
causa e explicação.