Leia o texto.
Nunca se vai além da tomada do poder local (...) Quanto à população livre das camadas médias e inferiores, não atuaram sobre ela fatores capazes de lhe darem coesão social e possibilidades de uma eficiente atuação política (...) formavam antes um aglomerado de indivíduos (...). Para compreendermos a ineficiência política das camadas inferiores da população brasileira, devemos nos lembrar que (...) nossa organização social, assente numa larga base escravista, não comportava uma estrutura política democrática e popular.
(Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil e outros estudos)
A partir das ideias do autor, é possível afirmar que, nas rebeliões regenciais,
a atitude revolucionária e consistente das camadas médias e inferiores propiciou a vitória desses movimentos separatistas contra o governo centralizador de Feijó.
a disparidade de interesses e os programas inconsistentes das camadas médias e inferiores colaboraram para a derrota desses movimentos.
a liderança das camadas médias e inferiores, inclusive dos escravos, garantiu um caráter democrático e popular que permitiu a vitória contra as classes proprietárias.
os escravos, aliados às camadas médias e inferiores, criaram programas revolucionários de separatismo e de alteração social.
a liderança das camadas médias e inferiores, com programas consistentes, significou uma resistência organizada contra o absolutismo do Rio de Janeiro.