Leia o texto e reconheça a única alternativa correta sobre o Segundo Reinado no Brasil (1840-1891).
“O Brasil vivia uma época na qual o trabalho braçal era considerado ‘coisa de negro’. Quem precisava de um salário para sobreviver lançava-se a uma verdadeira caça ao emprego público. A partir de 1840 o critério da competência para esses serviços tinha pouca ou nenhuma importância. Tanto num posto-chave ou em funções humildes, todo funcionário nomeado pelo partido derrotado era demitido. A relação entre política partidária e a criação ou perda de empregos exprimia o predomínio do poder privado sobre todos os aspectos da vida brasileira. Liberais ou conservadores, todos serviam aos mesmos interesses: a criação de empregos era um meio de os grandes proprietários rurais controlar as massas populares”.
Brasil: 500 anos – 1838-1851. São Paulo: Abril, 1999. p. 424.
No Segundo Reinado, liberais e conservadores tinham grandes divergências quanto a sua ideologia e a forma de administrar o país, um defendia mudanças radicais na estrutura social do país, enquanto o outro defendia a república e a industrialização.
Durante a monarquia brasileira, o trabalho manual era visto com desprezo por ser feito pelas pessoas escravizadas, e, só após a Lei Áurea (1888), passou a ser valorizado e alvo de grande concorrência devido aos altos salários.
O texto trata da política de favores, chamada de clientelismo, que consiste numa base de trocas entre os detentores de poder e as massas com o fim de obter privilégios pessoais por meio do Estado.
O tipo de prática de troca de favores descrito no texto foi abolido no Brasil com o advento da República, pois o sistema democrático não possibilita que os partidos usem o governo como forma de obtenção de privilégios pessoais e manutenção do poder como era feito no período imperial.
O trabalho imigrante foi introduzido no Brasil como uma alternativa ao trabalho escravo. Nesse sistema, a visão do trabalho manual e agrícola com pejorativo, não teve interferência na produção e no trato com os estrangeiros, que foram bem tratados e obtiveram grandes lucros na plantação de café em todas as propriedades em que o sistema foi implantado.