Leia o texto e observe a ilustração
O nascimento do MST no Brasil ocorreu a partir do final da década de 70, quando da transformação da agricultura brasileira, que expulsou muitas pessoas do campo, sobretudo aquelas que utilizavam intensivamente a mão-de-obra humana como a principal ferramenta de trabalho e que com a mecanização das lavouras tiveram que abandonar o campo, visto que o trabalho braçal já não era mais necessário. Em meio a esse cenário de luta pela terra, surge também a questão da Reforma Agrária, principal bandeira de luta dos militantes desse movimento, que lutam pela re-divisão (justa) de terras. (O MST e os Movimentos Sociais do Campo, Weber, 2013)
Com base na ilustração, no texto e nos conhecimentos sobre o espaço agrário, pode-se afirmar:
A desigual distribuição das terras, herança do modelo econômico que se implantou recentemente no país, trouxe como consequência os atuais conflitos sociais no campo e a fixação, cada vez maior, do homem nas áreas rurais em função da chegada da modernização agrícola.
O MST representa diferentes expressões de contestação, seja contra a desapropriação de terras pelo Estado, seja contra a permanência de latifúndios improdutivos, como áreas no interior do Norte e do Nordeste ou contra a terra sem título legal com no Pontal do Paranapanema.
A luta por terra não é o mais importante na dimensão da questão agrária, e os movimentos sociais dela resultantes se configuram em ações frágeis e sem expressão dos trabalhadores, que envolvem processos de expropriação, expulsão e exclusão social.
A modernização da agricultura e da pecuária é bastante equilibrada nas diversas regiões do país, originando grande produtividade de alimentos com farta dieta alimentar da população.