Leia o texto abaixo, extraído do livro “Breve história de quase tudo”, de Bill Bryson, e responda à questão que o segue.
TEXTO
Bem‐vindo. E parabéns. Estou encantado com seu sucesso. Chegar aqui não foi fácil, eu sei. Na verdade, suspeito que foi um pouco mais difícil do que você imagina.
Para início de conversa, para você estar aqui agora, trilhões de átomos agitados tiveram de se reunir de uma maneira intricada e intrigantemente providencial a fim de criá‐lo. É uma organização tão especializada e particular que nunca antes foi tentada e só existirá desta vez. Nos próximos anos (esperamos), essas partículas minúsculas se dedicarão totalmente aos bilhões de esforços jeitosos e cooperativos necessários para mantê‐lo intacto e deixá-‐lo experimentar o estado agradabilíssimo, mas ao qual não damos o devido valor, conhecido como existência.
Por que os átomos se dão esse trabalho é um enigma. Ser você não é uma experiência gratificante no nível atômico. Apesar de toda a atenção dedicada, seus átomos na verdade nem ligam para você — eles nem sequer sabem que você existe. Não sabem nem que eles existem. São partículas insensíveis, afinal, e nem estão vivas. (A ideia de que se você se desintegrasse, arrancando com uma pinça um átomo de cada vez, produziria um montículo de poeira atômica fina, sem nenhum sinal de vida, mas que constituiria você, é meio sinistra.) No entanto, durante sua existência, eles responderão a um só impulso dominante: fazer com que você seja você.
[...]
BRYSON, Bill. Breve história de quase tudo. Tradução de Ivo Korytowski. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p. 11. (fragmento)
Observando a linguagem do texto, podemos dizer:
O autor recorre a uma linguagem mais coloquial, através de comparações e metáforas, para aproximar o leitor dos tópicos abordados.
Os conceitos científicos abordados são muito complexos e de difícil compreensão para o leitor leigo.
As metáforas e comparações usadas na construção do texto não contribuíram para a “tradução” dos conceitos científicos para o leitor leigo.
Os textos de divulgação científica não se preocupam com a legibilidade do público leigo, pois os conceitos científicos só podem ser compreendidos pela comunidade científica.
A expressão “montículo” é uma expressão muito utilizada pela comunidade científica, adequando‐se, portanto, ao gênero textual apresentado.
O texto apresentado é um fragmento da obra 'Breve história de quase tudo', de Bill Bryson, que explora conceitos científicos de maneira acessível ao público geral. Para responder à pergunta sobre a linguagem do texto, é necessário analisar como o autor se expressa para comunicar ideias complexas de uma forma que possa ser compreendida por leitores sem especialização na área científica.
O autor utiliza uma linguagem coloquial, com comparações e metáforas, para descrever a complexidade da existência humana a partir de uma perspectiva atômica. Ao fazer isso, ele busca aproximar o leitor dos conceitos expostos, tornando-os mais palpáveis e interessantes.
Observe o uso de linguagem e figuras de linguagem no texto; elas servem para simplificar ou complicar a compreensão dos conceitos científicos?
Considere o público-alvo do livro e como o autor ajusta sua linguagem para atender a esse público.
Pense sobre o propósito da divulgação científica e como os autores buscam traduzir conceitos complexos para o público leigo.
Interpretar que a complexidade dos conceitos científicos torna o texto inacessível, ignorando o uso de linguagem coloquial pelo autor.
Confundir o uso figurado de palavras com o jargão científico.
Assumir que o texto tem como objetivo ser complexo e inacessível, sem considerar a intenção de divulgação científica.
Na análise de um texto, é importante identificar o registro de linguagem utilizado pelo autor, o uso de figuras de linguagem como metáforas e comparações, e entender como esses elementos contribuem para a compreensão do conteúdo abordado.