Leia o texto a seguir:
Um dos recursos existentes para o combate ao mosquito é o uso de inseticidas. O problema é que, por ser a estratégia mais utilizada, o Aedes aegypti desenvolveu resistência aos inseticidas mais comuns, à base de piretroides, e não se espanta com a maior parte dos repelentes. A ideia é encontrar estratégias para o controle de duas ou três gerações do inseto ao mesmo tempo e quebrar a sua dinâmica reprodutiva. Numa fábrica localizada em Juazeiro, na Bahia, Margareth Capurro, do ICB-USP, trabalhou com a Moscamed Brasil para implementar a produção de uma linhagem desenvolvida pela empresa britânica Oxford Insect Technologies (Oxitec). Esses mosquitos geneticamente alterados acumulam uma proteína, que faz as células das larvas entrarem em colapso, de maneira que não chegam à fase adulta. Apenas os machos são liberados na natureza para cruzar com as fêmeas selvagens, produzindo a descendência modificada. A angiogênese é um mecanismo bem regulado em nosso organismo, sendo fundamental durante o desenvolvimento embrionário. Na fase adulta, no entanto, esses vasos sanguíneos, que, às vezes, brotam fora de hora e de lugar, podem estar relacionados a problemas graves, como o câncer. Nesse caso, o tumor só consegue se desenvolver, se houver suprimento sanguíneo, que o alimenta e o ajuda a crescer e a se espalhar por outros tecidos. Há muito se sabe que os genes HIF1A e VEGFA são os principais responsáveis pela regulação da formação da angiogênese. O que os ativava ou desativava, no entanto, permanecia sendo um mistério. Os microRNAs são moléculas, que controlam a expressão de um tipo específico de RNA mensageiro e inibem a expressão das moléculas às quais se ligam. Segundo Diana Nunes, “Quando um microRNA se liga a um RNA mensageiro, como no caso do VEGFA, ele o regula negativamente, impedindo sua tradução em proteína.”
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/03/23/freios-moleculares/(Adaptado) Acesso em: julho 2015. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/06/14/um-vilao-de-muitas-caras/ (Texto e figura - Adaptados) Acesso em: julho 2015.
Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.
A transgenia fornece uma única estratégia de controle para todas as regiões do país, pois os machos se adaptam a todas as variantes de fêmeas.
As larvas transgênicas sugarão o sangue, mas suas picadas não transmitirão a doença para os seres humanos.
Os indivíduos picados pelos mosquitos transgênicos herdarão os genes modificados e diminuirão a propensão para desenvolver a dengue.
Os machos irão transmitir o gene alterado para as fêmeas que, também, expressarão a proteína em excesso, fazendo as células larvais entrarem em colapso.
Os machos não picam nem carregam o vírus, por isso foram escolhidos para serem modificados geneticamente com essa estratégia.
Na estratégia desenvolvida pela empresa Oxitec, machos de Aedes aegypti recebem, em laboratório, um gene letal dominante. Esse gene faz com que suas larvas produzam uma proteína em quantidade excessiva, levando-as à morte antes de atingirem a fase adulta. Quando esses machos transgênicos são liberados no ambiente, eles acasalam com fêmeas selvagens e geram descendentes que herdam o gene letal. Como consequência, a população local do mosquito é reduzida ao longo das gerações, quebrando o ciclo de transmissão da dengue, zika e chikungunya.
Os machos foram escolhidos por duas razões:
Assim, a alternativa correta é a E: "Os machos não picam nem carregam o vírus, por isso foram escolhidos para serem modificados geneticamente com essa estratégia."