Leia o texto a seguir.
No Império Romano, 1 hectare produzia 300 quilos de cereais, e um camponês conseguia cultivar, em média, 3 hectares; cada camponês produzia quase uma tonelada de grãos.
Na Idade Média, na Europa, 1 hectare produzia 600 quilos de cereal, e um camponês conseguia cultivar, em média, 4 hectares; cada camponês produzia 2,5 toneladas de grão.
Na Inglaterra, no século XVIII, cada hectare produzia 1 tonelada de grão, e um camponês conseguia cultivar, em média, 5 hectares; cada camponês produzia 5 toneladas.
Nos Estados Unidos, em meados do século XX, 1 hectare produzia 2 toneladas de grão, e um camponês conseguia cultivar, em média, umas 25; cada camponês produzia 50 toneladas.
Nos Estados Unidos, no início do século XXI, 1 hectare enriquecido e irrigado produz 10 toneladas de grãos, e um camponês consegue cultivar, em média, cerca de 200 toneladas; cada camponês produz 2 mil toneladas.
No Sahel, no início do século XXI, 1 hectare produz cerca de 700 quilos de grãos, e um camponês cultiva, em média, 1 hectare; cada camponês produz 700 quilos.
Um pouco menos do que um camponês do Império Romano de 2 mil anos atrás; 2 mil vezes menos do que um fazendeiro norte-americano atual.
Em poucos terrenos a desigualdade é tão visível, tão grosseira, como na agricultura – a indústria básica de nossa alimentação.
CAPARRÓS, Martín. A fome. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2016.
Um problema que acentua a baixa produtividade nos países do Sahel é a(o)
erosão hídrica.
desertificação.
assoreamento dos rios.
calagem.
plantio direto.