Leia o texto a seguir e responda a questão.
O historiador francês Marc Bloch (1886-1944), fuzilado pelos nazistas num campo de concentração, foi um dos principais renovadores dos estudos históricos no século XX. Na obra Introdução à História, escrita no cárcere, ele afirma o seguinte: “[...] o erudito que não tem o gosto de olhar à sua volta, nem os homens, nem as coisas, nem os acontecimentos, ele merecerá talvez, como dizia o historiador belga Henri Pirenne, o nome de um utensílio de antiquário. Renunciará tranquilamente a ser historiador.” Em outra passagem, ressalta: “É quase infinita a diversidade das fontes. Tudo quanto os seres humanos dizem ou escrevem, tudo quanto fabricam, tudo em que tocam, podem e devem informar a seu respeito.”
(BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa: Europa-América, 1997, p. 101 e 114 (Adaptação).)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as fontes históricas, assinale a alternativa correta.
As imagens, a oralidade e os objetos podem ser concebidos como fontes, mas complementares e, portanto, secundárias, quando comparadas à documentação escrita.
Ao abordar fontes de determinado período histórico, o historiador deve considerá-las expressão da verdade objetiva.
Considerando que a História é circunscrita aos grandes homens, as fontes são voltadas para a documentação escrita pelas elites.
Diferentemente dos arqueólogos, que abordam objetos, os historiadores lidam com fontes escritas produzidas pelo Estado.
Os historiadores podem lidar com diferentes tipos de fonte, concebidas como criações humanas que contêm indícios sobre seu tempo.