Leia o texto a seguir.
“Deu no Mercurio Portuguez: "... e do Brasil virá também o galeão chamado Padre Eterno, que se faz no Rio de Janeiro, e é o mais famoso baixel de guerra que os mares jamais viram”. A gazeta mensal lisboeta trazia a notícia acima fechando a edição de março de 1665. O periódico de Antônio de Souza de Macedo, secretário de estado do Reino de Portugal, se referia ao barco de 53 metros (m), que deslocava 2 mil toneladas (t), com um mastro feito num só tronco de 2,97 m de circunferência na base. O navio começou a ser construído em 1659 a mando do governador da capitania do Rio, Salvador Correia de Sã e Benevides, na Ilha do Governador, em um local conhecido como Ponta do Galeão (onde fica hoje o Aeroporto Internacional Tom Jobim). Militar e político português, dono de engenhos e currais, Sá fez o mais potente galeão que pôde para evitar depender da proteção das frotas do governo ao se aventurar no comércio pelos mares.”
MARCOLIN, Neldson. Por mares sempre navegados. Disponível em: htip:/revistapesquisa.fapesp.br/2011/11/30/por-mares-sempre-navegados. Acesso em: 09 de abril de 2019.
É correto afirmar que a existência de estaleiros destinados à construção de grandes navios no Brasil do século XVII demonstrava
que o Brasil possuía uma economia dinâmica que superava Portugal e Inglaterra na produção naval.
que a indústria naval apenas servia para transportar o açúcar para a Europa.
que havia outras atividades econômicas na colônia, além da produção e exportação de cana-de-açúcar.
a necessidade de numerosas embarcações para a navegação fluvial no Brasil, como o galeão Padre Eterno.
a existência de colonizadores franceses no Brasil, os únicos capazes de construir grandes navios.