Leia o texto a seguir.
– Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no gênero dos tapumes que os homens dos “robertos” colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.
(PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, s/d., p.315.)
O texto é a abertura do Livro VII da República de Platão, no qual ele expõe sua famosa “Alegoria da Caverna”. Com base nessa Alegoria e na filosofia de Platão, assinale a alternativa correta.
A teoria do conhecimento de Platão, expressa na Alegoria da Caverna, estabelece que todo conhecimento verdadeiro se origina nas sensações.
Com a Alegoria da Caverna, Platão mostra que o conhecimento da verdade é impossível, uma vez que os homens estão presos nas sombras desde a infância e jamais poderão se libertar.
Platão descreve, nessa Alegoria, a melhor forma de educação, desde a infância, dos homens da polis, os quais devem ficar presos em uma caverna para não sofrerem influências do mundo externo.
Platão narra a situação de homens que foram presos em Atenas, em razão de crimes que teriam cometido.
Platão procura, com a Alegoria da Caverna, narrar a situação dos homens que estão presos no mundo sensível e de como deveriam dele se libertar para conhecer a verdade.