Leia o texto a seguir:
A ciência sagrada pode, sim, receber alguma coisa das disciplinas filosóficas, não porque delas tenha necessidade, mas para melhor esclarecer seus ensinamentos. Seus princípios, com efeito, não os tornam delas, mas imediatamente de Deus por revelação. E por isso não empresta das outras ciências como se fossem superiores, mas delas se serve como de inferiores e servas [...]. E o uso que a ciência sagrada delas faz não em razão de sua fraqueza ou insuficiência, mas unicamente por causa da fraqueza de nosso intelecto, este, das coisas conhecidas pelo natural lume da razão (da qual derivam as outras ciências), é mais facilmente conduzido, como pela mão, à cognição das coisas sobrenaturais, que ensinam esta ciência.
(Tomás de Aquino, Ente e Essência)
Conforme Tomás de Aquino, é CORRETO afirmar:
A fé é superior à razão, portanto aquele que crê não pode seguir a ciência.
A razão não pode ser compatível com a fé, pois esta última se dedica às coisas sobrenaturais.
As ciências somente poderão almejar a verdade se usarem a fé com o fundamento.
É possível conciliar perfeitamente fé e razão.
A filosofia é uma ciência com base na cognição ensinada pela fé.
Esta questão é baseada na filosofia de Tomás de Aquino, um teólogo e filósofo medieval que acreditava na harmonia entre fé e razão. Aquino argumentava que a fé e a razão são duas formas de conhecer a verdade e, portanto, não podem se contradizer. Ele acreditava que a razão poderia ser usada para esclarecer e explicar a fé, e que a fé poderia iluminar a razão.
Tomás de Aquino é conhecido por sua filosofia que busca harmonizar fé e razão. Ele acreditava que ambas são necessárias para uma compreensão completa da verdade. A fé, para Aquino, é a revelação divina e a razão é a capacidade humana de entender e fazer sentido do mundo.