Leia o Texto 5 para responder à questão 58.
TEXTO 5
[...]
[1] Mé, baliu um engraçadinho, um disse que o camelo parecia seu chefe. Somente
quando foram abertas as lojas em torno da praça e, na esquina defronte à figueira, o
banco escancarou de par em par sua grande porta gradeada, o moço tirou as
fotografias do envelope, deu uma rápida olhada, determinou que o estábulo fosse
[5] montado encostado à figueira e, orientado pelo segundo plano (fachadas, árvores,
estátuas) das fotos, pediu ajuda aos seguranças para a colocação dos animais, o que
levou o resto da manhã. Permitiu-se uma única mudança e transferiu o menor dos
carneiros da entrada do estábulo para o canteiro mais distante, alteração sem propósito,
quase inexplicável, porém suficiente para originar uma secreta ponta de orgulho, um
[10] toque, meu, de mestre, e voltou a sentir-se importante, ainda mais que um dos guardas
quis saber o porquê da modificação. [..]
Boos, Adolfo Jr. O presépio. In: 13 Cascaes, p. 25.
Assinale a alternativa incorreta em relação à obra 13 Cascaes, e ao Texto 5.
Em relação ao processo de formação de palavras em “fotos” (linha 6), “toque” (linha 10), e “porquê” (linha 11), tem-se, na sequência, redução, derivação regressiva e derivação imprópria.
Ao fazer a alteração em relação à posição do menor carneiro, o organizador sentiu que o mérito pela montagem do presépio era todo seu.
A leitura do excerto leva o leitor a inferir que, somente depois da abertura das lojas e do banco, o encarregado pela montagem do presépio inicia seu trabalho.
Em “porém suficiente para originar uma secreta ponta de orgulho” (linha 9), se o verbo destacado for substituído por abrolhar, mantém-se o sentido original do período no excerto.
A partícula “se” em “Permitiu-se” (linha 7), e em “sentir-se” (linha 10), exerce a função de pronome reflexivo e partícula apassivadora, respectivamente.