Leia o soneto para responder à questão.
Desenganos da vida humana metaforicamente
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos, 2010.)
No poema, o eu lírico afirma que
a vida humana se justifica pela vaidade.
a passagem da vida reforça o valor do tempo e da vaidade.
a vaidade na vida humana é uma mera ilusão
a vaidade, comum na juventude, aumenta na velhice.
o poder da vaidade resiste à passagem do tempo.