Leia o soneto de Luís Vaz de Camões para responder a questão.
Erros meus, má fortuna1 amor ardente
em minha perdição se conjuraram;
os erros e a fortuna sobejaram2,
que para mim bastava o amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
a grande dor das cousas, que passaram,
que as magoadas iras me ensinaram
a não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
dei causa que a Fortuna castigasse
as minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse que fartasse3
este meu duro gênio4 de vinganças!
(Sonetos de Camões, 2011.)
No poema, o eu lírico afirma que
seus erros e sua má sorte colaboraram para destruir os prazeres que o amor lhe ofertou.
três fatores tornaram sua vida triste, mas que o amor sozinho já bastaria para sua ruína.
o amor que sentia sobreviveu, apesar dos problemas causados por seus erros e sua má sorte.
sua desmedida amorosa foi o elemento que causou seus erros e sua má sorte.
uma lei de compensações equilibrou sua má sorte e seus erros com a presença do amor.