Leia o soneto abaixo para responder à questão.
SONETO
Ou já sobre o cajado te reclines,
Venturoso pastor, ou já tomando
Para a serra, onde as cabras vais chamando,
A fugir os meus ais te determines.
Lá te quero seguir, onde examines
Mais vivamente um coração tão brando;
Que gosta só de ouvir-te, ainda quando
Mais sem razão me acuses, mais crimines.
Que te fiz eu, pastor? em que condenas
Minha sincera fé, meu amor puro?
As provas, que te dei, serão pequenas?
Queres ver, que esse monte áspero, e duro
Sabe, que és causa tu das minhas penas?
Pergunta-lhe; ouvirás, o que te juro.
COSTA, Cláudio Manuel da. In: SILVA, Péricles Eugênio da. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1969, p. 85.
Sobre o soneto de Cláudio Manuel da Costa, assinale a alternativa CORRETA.
Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com uma cantiga de amigo trovadoresca, pois, embora escrita por um homem, apresenta um eu lírico feminino que se queixa da indiferença do ser amado.
Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com uma cantiga de amor trovadoresca, pois embora escrita por uma mulher, apresenta um eu lírico masculino que se queixa da indiferença do ser amado.
Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com a poesia barroca brasileira, pois apresenta uma linguagem rebuscada e repleta de figuras de linguagem.
Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com a poesia barroca idílica, pois apresenta a não correspondência do ser amado ao eu lírico quanto à relação amorosa.
Pode-se dizer que o soneto tem pontos em comum com os poemas líricos de Camões, pois mostra a dificuldade do eu lírico em atingir o ser amado.