FGV-SP Economia Tarde 2015
Leia o poema para responder à questão
Redundâncias
Ter medo da morte
é coisa dos vivos
o morto está livre
de tudo o que é vida
Ter apego ao mundo
é coisa dos vivos
para o morto não há
(não houve)
raios rios risos
E ninguém vive a morte
quer morto quer vivo
mera noção que existe
só enquanto existo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes)
Dentre outros fatores, o ritmo do poema é garantido com o emprego recorrente de palavras
monossílabas tônicas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de passado e presente.
oxítonas e dissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de causa e consequência.
paroxítonas e dissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de oposição de sentido.
oxítonas trissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de negação e afirmação.
paroxítonas trissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de afirmação e inclusão.
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