Leia o poema “Boca Maldita”, de Ricardo Corona.
ter a língua solta
contradizer até o fim
ter a língua má
um não se faz um sim
dar à rasa razão
o mais raro sentido
manter a boca aberta
meter a boca no mundo
falar na hora errada
coisas certas que vêm do fundo
boca maldita não é beata
língua má não cria fungo
(Manuel da Costa Pinto (org.). Antologia comentada da poesia brasileira do século 21, 2006.)
Em “Boca Maldita”, o eu lírico __________ , o que nos permite relacionar esse poema às poesias __________ .
Para que este comentário esteja correto, as lacunas devem ser preenchidas respectivamente por:
resigna-se diante das contradições da sociedade – condoreiras de Castro Alves.
considera o erotismo um tema sem substância literária – líricas de Vinícius de Moraes.
assume postura de contestação face à realidade – satíricas de Gregório de Matos.
vê-se prisioneiro de um profundo sentimento de infelicidade – bucólicas de Alberto Caeiro.
defende a expressão exacerbada das emoções humanas – de concepção parnasiana de Olavo Bilac.