Leia o poema a seguir.
Não te abras com teu amigo,
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
QUINTANA, Mario. Espelho mágico. Ed. Globo. 2005.
Quintana, com o seu tradicional toque de ironia, trata, neste poema, da confiança que depositamos no outro.
Para compor sua ideia, o autor usa, no início do segundo verso, o conectivo “que”, importante recurso de coesão nesse contexto porque
introduz uma explicação para o estranho conselho dado pelo poeta.
quebra a expectativa que o poeta criou com seu pedido anterior.
retoma o referente “amigo” a fim de que sua repetição seja evitada.
registra uma conclusão lógica com base no imperativo usado antes.
inicia uma relação adversativa entre o leitor e os amigos de seus amigos.