FAMERP 2020

Leia o início do conto “Luís Soares”, de Machado de Assis, para responder à questão.

 

    Trocar o dia pela noite, dizia Luís Soares, é restaurar o império da natureza corrigindo a obra da sociedade. O calor do sol está dizendo aos homens que vão descansar e dormir, ao passo que a frescura relativa da noite é a verdadeira estação em que se deve viver. Livre em todas as minhas ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe: velarei de noite, dormirei de dia.

    Contrariamente a vários ministérios, Soares cumpria este programa com um escrúpulo digno de uma grande consciência. A aurora para ele era o crepúsculo, o crepúsculo era a aurora. Dormia 12 horas consecutivas durante o dia, quer dizer das seis da manhã às seis da tarde. Almoçava às sete e jantava às duas da madrugada. Não ceava. A sua ceia limitava-se a uma xícara de chocolate que o criado lhe dava às cinco horas da manhã quando ele entrava para casa. Soares engolia o chocolate, fumava dois charutos, fazia alguns trocadilhos com o criado, lia uma página de algum romance, e deitava-se.

    Não lia jornais. Achava que um jornal era a cousa mais inútil deste mundo, depois da Câmara dos Deputados, das obras dos poetas e das missas. Não quer isto dizer que Soares fosse ateu em religião, política e poesia. Não. Soares era apenas indiferente. Olhava para todas as grandes cousas com a mesma cara com que via uma mulher feia. Podia vir a ser um grande perverso; até então era apenas uma grande inutilidade.

(Contos fluminenses, 2006.)

No primeiro parágrafo, o trecho “Livre em todas as minhas ações, não quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe” é parte da fala do personagem Luís Soares.

 

O mesmo trecho, em discurso indireto, seria:

a

Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não quer sujeitar-se à lei absurda que a sociedade lhe impõe. 

b

Luís Soares dizia, livre em todas as suas ações, que não quer sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impõe. 

c

Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não queria sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impunha.

d

Luís Soares dizia, livre em todas as suas ações, que não quis sujeitar-se à lei absurda que a sociedade o impôs. 

e

Luís Soares dizia que, livre em todas as suas ações, não queria sujeitar-se à lei absurda que a sociedade lhe impunha.

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