Leia o fragmento de uma carta de amor escrita pelo compositor erudito alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827).
Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada imortal, tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca… Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim?
[...]
Eternamente teu,
eternamente minha,
eternamente nossos.
Ludwig van Beethoven.
Sobre a carta lida, está incorreto afirmar que:
o remetente evade da realidade, mergulha em pensamentos alegres e tristes, e deposita suas expectativas no destino.
a carta é marcada por exclamações, interjeições e emotividade, traços característicos da linguagem romântica.
o remetente deseja ter um encontro com a amada num lugar somente deles, podendo então enviar a sua alma envolta com a dela, ao reino dos espíritos.
pelas palavras da despedida, percebe-se que a carta foi escrita por um romântico, que faz à amada juras de fidelidade e amor eterno.
usa-se a linguagem irônica, já que o remetente jamais poderia voar para os braços da amada.