Leia o fragmento de Mario Quintana para responder à questão.
Dizem eles, os pintores, que o assunto não passa de uma falta de assunto: tudo é apenas um jogo de cores e volumes. Mas eu, humanamente, continuo desconfiando que deve haver alguma diferença entre uma mulher nua e uma abóbora.
(Fausto Cunha (org.). Melhores poemas de Mario Quintana, 2003.)
Nesse fragmento, Mario Quintana
defende uma arte politicamente engajada, em contraposição à ideia de uma arte pura.
problematiza as implicações de uma ideia de arte pura, que independa de seu conteúdo.
identifica-se com os pintores, que estão mais preocupados com as formas que com o conteúdo de sua arte.
valoriza a pintura centrada em cenas do cotidiano, desvalorizando as experimentações.
ridiculariza a arte apelativa, que recorre a conteúdos vulgares para se valorizar.