Leia o excerto a seguir.
Ponhamos, por exemplo, a seguinte questão: — Não posso eu, quando me encontro em apuro, fazer uma promessa com a intenção de a não cumprir?
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2007, p. 34.)
Na Fundamentação da metafísica dos costumes, Kant formula uma lei moral que determina a vontade de tal modo que esta pode ser entendida como sendo uma vontade boa em si mesma.
Assinale a alternativa que responde, de acordo com o pensamento de Kant, a pergunta feita no fragmento citado acima.
Posso querer a mentira, mas não posso querer uma lei universal de mentir, pois assim não se poderia acreditar em qualquer promessa feita.
A mentira não pode ser lei universal, pois deve ter uma máxima pessoal baseada no medo das consequências prejudiciais que podem ocorrer.
A mentira não pode ser lei universal, porque é mais prudente não prometer nada senão com a intenção de cumprir a promessa feita.
A mentira pode servir de máxima para todos, desde que cada um olhe à sua volta para descobrir os efeitos que poderão decorrer de tal atitude.
A mentira pode ser máxima universal, desde que tenhamos sempre em mente que nossas falsas promessas podem ser pagas na mesma moeda.