Leia o documento que descreve métodos de médicos famosos de Alexandria, no período helenístico (século III a.C.).
Além disso, como as dores e diversas espécies de doenças nascem nas partes internas do corpo, eles sustentam que ninguém pode aplicar remédios nessas partes se as ignorar. Por isso é necessário abrir os cadáveres humanos e examinar-lhes as vísceras e intestinos. Herófile e Erasístrato fizeram isso da melhor maneira possível: abriram corpos de homens vivos – criminosos que os reis haviam retirado da condenação ao cárcere – e observaram, enquanto esses indivíduos ainda respiravam, as partes que a natureza havia ocultado até então.
(Aurélio Cornélio Celso, século I d.C. apud Armelle Enders et al. História em curso, 2008. Adaptado.)
O documento revela
o descompasso entre a intenção de curar as pessoas e a religião, que proibia o estudo em cadáveres.
a obtenção de conhecimentos de anatomia a partir de práticas que podiam resultar na morte de seres humanos.
a combinação de elementos culturais gregos e romanos a fim de desenvolver a ciência no império que Roma formara.
a contradição entre a ciência experimental e a resignação dos homens às determinações dos deuses.
o avanço da medicina babilônica, que superava os conhecimentos dos contemporâneos gregos.