Leia o caso a seguir.
Paciente chega ao consultório médico, com o seguinte relato: “- Há dias não como. Também, pra quê comer? O que eu ganho com isso? O fim se aproxima cada vez mais, e eu sei que tudo isso é minha culpa. Tudo... o mundo se desmorona... e é minha culpa... comer pra quê? O pouco que sinto, sinto como se meus órgãos estivessem ocos, vazios, colados... eles estão ocos... como minha alma, como minha vida. Já nem choro mais, pois não há sentido em chorar, quando não há esperança. Sinto que... que... às vezes meu pensamento está tão lento, que... acho que ele vai parar..., mas na verdade tudo vai parar, não é mesmo? Eu... já morri há anos...”.
Com base no quadro clínico descrito, o diagnóstico e os achados psicopatológicos significantes compatíveis com esse caso são, respectivamente:
esquizofrenia, com alterações da consciência do eu psíquico, delírio somático, pensamento desagregado e alucinações sinestésicas.
depressão bipolar, com hiperestesia, alteração da consciência do eu corporal, pensamento desagregado e ideia supervalorizada.
depressão psicótica, com alterações da consciência do eu corporal, delírio de negação de órgãos, pensamento inibido e niilismo.
esquizofrenia, com alterações da consciência da atividade do eu, delírio de doença, pensamento descarrilhado e alucinações cinestésicas.