Leia o artigo, a seguir, para responder à questão
Minas em emergência: seca severa mesmo no período chuvoso deve se agravar nos próximos meses
Produtores de Glaucilândia perderam 80% da lavoura de milho por causa do baixo volume
de chuvas neste ano
"Nosso sonho é aposentar o caminhão-pipa”. É dessa forma, com muito otimismo, que a recémempossada
secretária de Estado do Desenvolvimento e Integração do norte e nordeste de Minas
[5] (Sedinor), Juliana Veríssimo Pacheco, olha para o problema da seca que aflige as regiões Norte e
Nordeste do Estado.
Atualmente, Minas conta com 96 cidades que decretaram situação de emergência por causa da
estiagem, apesar de o período chuvoso, que se estende de outubro a março, ter acabado há
pouquíssimo tempo. Ou seja, o quadro já é grave mesmo antes de a época da seca mais severa
[10] começar.
A situação vem se agravando ao longo dos últimos cinco anos. Em 2015, por exemplo, a cidade
de Taiobeiras, no norte de Minas, chegou a ficar completamente sem água. A sede do município
precisou ser atendida com caminhões-pipa. Os 50 veículos utilizados eram abastecidos em
Salinas, a 50 quilômetros de distância, pois nenhum açude da região possuía água.
[15] “Os municípios já estão com falta de água mesmo. O período de chuva foi muito curto. Ele
amenizou o problema, mas a situação ainda é grave, principalmente na zona rural”, explica a
secretária.
Além de comprometer o abastecimento, a falta de chuvas significativas gera prejuízos para os
agricultores da região. Na pequena cidade de Glaucilândia, as lavouras de milho e feijão foram
[20] devastadas pela estiagem.
(...)
Características exigem ações mais efetivas, diz secretária.
A região norte de Minas possui uma predominância do clima semiárido, como o presente em
grandes extensões do Nordeste brasileiro, constantemente assolado pela seca. Ou seja, o quadro
da região hoje não é ocasional, é constante. Isso, na avaliação de Juliana Veríssimo Pacheco,
[25] exige um plano efetivo de enfrentamento e não apenas ações emergenciais.
“A seca não é uma questão esporádica. É preciso que façamos um plano constante de
enfrentamento e convivência com a seca e não uma série de medidas emergenciais quando a
situação já é calamitosa”, ressalta.
Em dezembro do ano passado, o governo de Minas anunciou um plano emergencial de combate
[30] à seca, disponibilizando R$ 33 milhões para a Sedinor, para atender 69,3 mil famílias em 2.830
comunidades rurais.
Mas o impacto nas comunidades afetadas é muito forte. Segundo Jair Cangussu, muitos ainda
resistem nas pequenas cidades e áreas rurais da região, no entanto, a migração acaba sendo
inevitável. Jair afirma que “mesmo com programas de apoio, a tendência é o deslocamento das
[35] populações e o êxodo em busca de trabalho e melhores condições de vida”.
Além disso, a demanda que há por trabalhadores na região muitas vezes não é suprida pela falta
de profissionais para ocupar os já parcos postos de trabalho. “Estamos passando por uma fase
complicada no país, tanto do ponto de vista econômico como político. Essa é uma região de
produtores muito sofridos pela seca. Eles até acreditam que a vida vai melhorar, mas
[40] infelizmente o clima não está ajudando”, completa Jair.
Segundo a Emater, há um programa, o Garantia Safra, que atenderá a 81 agricultores da região
de Glaucilândia, com depósitos em dinheiro para garantir as perdas da safra destruída pela falta
de água.
Com base na leitura do artigo apresentado anteriormente, é CORRETO afirmar que o seu objetivo textual é:
abrandar o impacto da seca no norte de Minas Gerais.
constatar o problema da seca no norte de Minas Gerais.
questionar as experiências concretas vividas no norte de Minas Gerais.
criticar os movimentos sociais contra a seca no norte de Minas Gerais.
exaltar a miséria proporcionada pela estiagem em Minas Gerais.