Leia este trecho.
O Período Regencial (1831 – 1840) foi marcado pelas revoltas sociais. Esses movimentos e rebeliões não foram fortes o bastante para obrigar as elites a ceder e incorporar as novas massas na representação e participação política. A reação foi uma só, independente da cor política e partidária de que se vestisse o membro da elite dirigente: sua opinião era de que se tratava de manifestações de “assassinos”, “bárbaros”, “selvagens” que atentavam contra a “cultura”, “civilização” e a “ordem”.
Fonte: MENDES JR, Antônio et al . Brasil História – texto & consulta. São Paulo: Brasiliense, 1982, v. 2, p.211.
Com base nas informações desse trecho, é INCORRETO afirmar que:
A Revolta dos Malês, eclodida em 1835, foi liderada pelos escravos muçulmanos e estendida até aos libertos, que se insurgiram contra as medidas de repressão adotadas pelas autoridades para coibir suas práticas religiosas.
A Sabinada, ocorrida em 1837, foi liderada por homens e proprietários, que pretendiam tornar a Província da Bahia completamente desvinculada do poder central. A revolta contou com a massiva adesão das camadas baixas da população de Salvador.
A Cabanagem, ocorrida entre 1835 e 1840, foi marcada pelas reivindicações das camadas humildes da população da Província do Grão-Pará contra a miséria e o regime de semiescravidão ao qual estavam submetidos na exploração das drogas do sertão.
A Farroupilha, entre 1835 e 1845, eclodiu quando o novo presidente da Província do Rio Grande adotou medidas que desagradou a elite local. Ao contrário das demais, apresenta um perfil elitista e, em momento algum, abdicou da ordem social escravista e latifundiária.