Leia este texto:
Violência contra a mulher, Estado “mete a colher”
“A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.” Palavra de ordem tradicional das passeatas e manifestações do movimento feminista em todo o Brasil, essa frase mostra que o anseio por construir uma sociedade sem violência doméstica ainda é tema principal para as mulheres.
Segundo pesquisa Ibope e Instituto Patrícia Galvão, de 2006, 33% dos entrevistados apontam a violência contra a mulher, dentro e fora de casa, como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade. Em 2001, quando a Fundação Perseu Abramo realizou a primeira investigação com abrangência nacional sobre a vida das mulheres brasileiras, os números já indicavam uma situação alarmante: a cada 15 segundos, uma mulher era espancada no Brasil. Depois da pesquisa “A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privados”, outras foram feitas e os números mostram que a realidade da violência doméstica não mudou. Pesquisa realizada este ano pelo DataSenado constata que, em cada cem mulheres brasileiras, quinze vivem ou já viveram algum tipo de violência doméstica.
Não adianta justificar, como fazem alguns legisladores e chefes do Executivo, que toda a sociedade está mais violenta no geral ou que as mulheres estão “entrando” cada dia mais no mundo do crime.As mulheres continuam apanhando, são xingadas, espancadas e mortas, em sua grande maioria, dentro de casa, e os criminosos são homens da sua confiança: companheiro, marido, pai ou namorado.
Teoria e Debate, n. 74, nov./dez. 2007. (adaptado)
Com base na leitura desse texto, é CORRETO afirmar que
a maioria dos entrevistados pelo Ibope e Instituto Patrícia Galvão, em 2006, apontou a violência doméstica como o principal problema brasileiro da atualidade.
a pesquisa do DataSenado constatou que quinze, em cada grupo de cem mulheres, já sofreram algum tipo de violência dentro e fora do lar.
a violência contra a mulher, independentemente das explicações de certas autoridades, é uma realidade no Brasil e não se limita ao espaço doméstico.
os agressores, segundo as pesquisas feitas, são, num percentual de 33%, homens com os quais as mulheres agredidas mantêm laços conjugais.