Leia, com atenção, o fragmento do poema Olhos verdes, de Gonçalves Dias. A questão seguinte também se baseiam nele.
[Estrofe 1]
São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi! [...]
[Estrofe 2]
Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mim,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
Que ai de mim!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
[Estrofe 3]
Dizei vós: Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp’rança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mim!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!
(Em Poemas de Gonçalves Dias. Rio de Janeiro, Edições de Ouro, s/d, p.137-139)
Considere os seguintes fragmentos adaptados da entrevista.
I. Um amigo de verdade é aquele que protege o outro dos tormentos do amor, afasta esse outro da fúria raivosa e faz recuar, para esse outro, a morte. (P1)
II. Mesmo a amizade mais verdadeira não se mantém feliz durante todo o tempo. (P3)
III. Não se pode esperar tudo de um amigo, muito menos a perfeição. (P4)
IV. Uma amizade verdadeira é capaz de proteger o outro das oscilações tumultuosas, da ambivalência intrínseca à relação amorosa. (P4)
A concepção de amigo/amizade depreendida do poema Olhos verdes pode ser explicitada por
I e II.
I e IV.
II e III.
III e IV.