Leia atentamente os fragmentos de texto abaixo.
“É pela violência que se deve estabelecer a liberdade; o momento requer a organização do despotismo da liberdade para esmagar o despotismo dos reis”, proclamou então Jean Paul Marat.
E, obedecendo a essa lógica, a Convenção criou, a 10 de março de 1793, o Tribunal Revolucionário e, em seguida, os Comitês de Vigilância, o Comitê de Salvação Pública e, finalmente, foi instituído o tabelamento dos cereais. [...]
Os girondinos contra-atacaram. Um deles, Pétion de Villeneuve, em fins de abril, fazia esta conclamação: Vossas propriedades estão ameaçadas – e fechais os olhos ao perigo. Excita-se a guerra entre os que possuem e os que nada possuem – e vós nada fazeis para evitá-la [...] Parisienses, saí, afinal, de vossa letargia e fazei com que esses insetos venenosos voltem a seus covis.
(KOSHIBA, Luiz. História. Origens, estruturas e processos: uma leitura da História ocidental para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2000. p. 331)
O fragmento de texto acima expõe as controvérsias de dois grupos políticos que se rivalizaram durante o processo revolucionário francês.
Levando em consideração a argumentação do girondino Pétion de Villeneuve, descrita acima:
Assinale a alternativa CORRETA.
Os girondinos, representantes da alta burguesia mercantil, aceitavam uma república, desde que liberal e garantidora da propriedade, mas excluíam qualquer participação das camadas populares, no processo revolucionário.
Os girondinos, representantes da pequena burguesia exaltada, defendiam uma república e a igualdade acima de qualquer liberdade ou instituição, entretanto negavam o emprego das massas no processo revolucionário.
Os girondinos, representantes dos sans-culottes, defendiam um regime monárquico constitucional e uma lei agrária anarquista, o que daria acesso a terra às camadas populares.
Os girondinos, representantes da burguesia financeira, aceitavam a implantação de uma república parlamentar, em que fosse aprovado o confisco e a redistribuição dos bens dos inimigos aos sans-culottes.
Os girondinos, discípulos de Robespiérre, defendiam uma república, baseada na igualdade e na virtude, e uma redistribuição parcial da propriedade, a fim de se evitar a radicalização revolucionária dos sans- culottes.