Leia atentamente o trecho do texto a seguir.
“Tenho a impressão de que no futuro as grandes cidades de muitos milhões de habitantes, onde já não vale a pena nem ser rico, serão banidas dos mapas ou reduzidas ao seu núcleo mínimo, o resto derrubado, substituído por pomares e jardins. Esses ecologistas podem às vezes ser impertinentes, mas nos alertam para a impossibilidade de se viver aos montões, se entredevorando uns aos outros. Lembro-me um deles o exemplo das abelhas: quando uma colmeia chega a um grau perigoso de superpopulação, as fontes de alimento escasseando, elas começam a emigrar, os enxames espessos criando colônias novas em outras áreas, aliviando a colmeia-mãe”.
(Trecho do texto “Ainda há um jeito de viver” de Raquel de Queiroz. Correio Braziliense, 24 jun. 2002)
Considere o texto apresentado e a problemática urbana brasileira atual. Assim, é correto afirmar, exceto:
No espaço urbano brasileiro, a partir da década de 1990, novas tendências se delinearam, como: a diminuição do ritmo das migrações inter-regionais; a expansão das áreas de ocupação irregular e de condomínios fechados nas zonas próximas aos grandes centros urbanos.
A reflexão que o trecho do texto traz é da formação das grandes cidades dentro do processo de urbanização. A autora dá a ideia da insustentabilidade de se manter a qualidade de vida em uma cidade de milhões de habitantes.
A valorização extrema dos imóveis urbanos e o custo de vida mais alto nas metrópoles (incluindo aluguel de imóveis) são questões que não possuem relação com a expansão e o adensamento populacional das periferias das metrópoles.
Nas últimas duas ou três décadas há uma tendência de diminuição do ritmo de crescimento das grandes cidades e das metrópoles brasileiras, em contraste com a intensificação do ritmo de crescimento das cidades médias do País.