Leia atenciosamente os trechos das músicas Brasil, de Cazuza, e Pacato Cidadão, do grupo Skank.
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
(CAZUZA, G. I.; NEVES, E. Brasil. In: CAZUZA. Ideologia. Universal Music, 1998.)
Pra que tanta sujeira
Nas ruas e nos rios
Qualquer coisa que se suje
Tem que limpar
Se você não gosta dele
Diga logo a verdade
Sem perder a cabeça
Sem perder a amizade
Pacato Cidadão!
É o Pacato da civilização
Pacato Cidadão!
É o Pacato da civilização
Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi à toa, não
C’estfinila utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não
(ROSA. S.; AMARAL, C. Pacato cidadão. In: SKANK. Calango. Chaos, 1993.)
Sobre as músicas, assinale a alternativa INCORRETA.
Os textos configuram-se como manifestação de resistência às multifacetadas formas de opressões políticas.
As duas letras manifestam tom de descontentamento com a sociedade constituída, deixando entrever que a vida diária é uma guerra.
As músicas apresentam certo tom conformista, pois demonstram mal-estar com a cena política brasileira, mas não conclamam à ação.
Os trechos “Brasil, mostra tua cara!” e “Pacato Cidadão” evidenciam o tom político das letras, que revelam as faces da marginalização e da exclusão social.
Para responder a questão proposta, é importante analisar o conteúdo das letras das músicas e o contexto em que foram escritas. Ambas as músicas contêm críticas sociais e políticas e expressam insatisfação com as estruturas existentes. A alternativa correta é aquela que não descreve corretamente o tom ou a mensagem das músicas.
Analise o conteúdo das músicas e o contexto histórico em que foram escritas.
Considere o impacto que as letras das músicas podem ter em chamar a atenção para problemas sociais e políticos.
Reflita sobre a diferença entre expressar descontentamento e conformismo.
Subestimar o poder da música como ferramenta de crítica e mobilização social pode levar a interpretar erroneamente o tom das letras como conformista.
Músicas como forma de expressão social e política são um reflexo do pensamento e das inquietações de uma época. Elas podem servir como ferramentas de crítica, conscientização e mobilização em diversos contextos históricos.