IFSudMinas 2014/2

Leia abaixo o poema extraído da poesia palaciana portuguesa encontrada no Cancioneiro geral.

 

Cantiga a uma mulher que lhe disse que não curasse de a servir, que perderia muito nisso

 

Quem pode tanto perder,

que mais perdido não seja,

quem vos viu e se deseja

livre de vosso poder!

 

E neste conhecimento,

inda que faleça amor,

o que menos vosso for,

tem menos contentamento

e na culpa maior dor.

Pois que posso eu perder,

s’isto tudo em mim sobeja,

que mais perdido não seja,

vivendo sem vosso ser?

RESENDE, Jorge de. In: RESENDE, Garcia de (org.). Cancioneiro geral, v. 3. Stuttgart: Gedruckt auf Kosten des litterarischen Vereins, 1852, p. 326-327.

 

Assinale a alternativa que expressa CORRETAMENTE a temática central do poema.

a

O elogio que o eu lírico faz à capacidade encantatória da amada. 

b

O elogio que o eu lírico faz ao conhecimento da amada. 

c

O elogio que o eu lírico faz ao poder de retórica da amada.

d

O descontentamento do eu lírico ao demonstrar seu amor à amada.

e

O descontentamento do eu lírico em não poder se aproximar carnalmente da amada.

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Resposta
A

Resolução

O poema apresentado, extraído da poesia palaciana portuguesa do Cancioneiro geral, reflete um típico tema da época: o sofrimento amoroso e o poder da amada sobre o eu lírico. A temática central do poema é o elogio à capacidade encantatória da amada, que mesmo dissuadindo o eu lírico de a servir, ainda assim o mantém preso ao seu encanto. A alternativa correta é a letra A, que faz menção direta ao elogio dessa capacidade encantatória.

Dicas

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Identifique no poema as expressões que indicam a reação do eu lírico em relação à amada.

Considere o contexto da poesia palaciana e o conceito de amor cortês.

Observe a relação entre o sofrimento expresso no poema e o poder atribuído à amada.

Erros Comuns

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Confundir o elogio à amada com uma admiração por seu conhecimento, quando o poema foca no poder encantatório.

Supor que o poema destaque o poder de retórica da amada ao invés de seu poder emocional e afetivo.

Interpretar o descontentamento do eu lírico de forma limitada ao ato de demonstrar amor, não levando em conta o contexto maior de subjugação e encantamento.

Associar o descontentamento do eu lírico a uma questão carnal, desconsiderando as nuances do amor cortês e o foco no poder afetivo da amada.

Revisão

A poesia palaciana portuguesa, especialmente aquela encontrada no Cancioneiro geral, é marcada por temas como o amor cortês, o sofrimento por amor não correspondido e o poder da figura amada sobre o sujeito poético. A poesia dessa época é muitas vezes caracterizada pela idealização da amada e pela expressão de sentimentos exacerbados de devoção e sofrimento amoroso.

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