Leia a reportagem abaixo.
POR QUE FILHOS DE CASAMENTOS CONSANGUÍNEOS PODEM NASCER COM ANOMALIAS GENÉTICAS?
A natureza criou um recurso que faz com que determinadas anomalias genéticas fiquem guardadinhas em seu cromossomo esperando para, quem sabe um dia, serem extintas. Quanto maior o grau de parentesco, maior o risco de ter um filho portador de uma determinada anomalia genética.
SUPERINTERESSANTE. São Paulo, jul. 2008. p. 52. (Adaptado).
Considerando a consanguinidade, a ocorrência dessas anomalias se deve
à ação de um gene recessivo que se manifesta em homozigose no indivíduo.
a erros na duplicação semiconservativa do DNA na fase de gastrulação.
à segregação de genes alelos durante a formação dos gametas em ambos os genitores.
a repetições do número de nucleotídeos no gene responsável pela anomalia.
à perda dos telômeros durante o processo de clivagem do embrião.
Em uniões consanguíneas, os dois indivíduos descendem de ancestrais comuns e, portanto, têm maiores chances de carregar — ambos — o mesmo alelo recessivo que causa determinada anomalia. Quando esse alelo recessivo é transmitido simultaneamente pelo pai e pela mãe, o filho nasce homozigoto recessivo, condição necessária para que o fenótipo anômalo se manifeste.
Como a frequência desses alelos deletérios na população é baixa, em casamentos não consanguíneos as chances de duas pessoas possuírem o mesmo alelo recessivo também são baixas. A consanguinidade, porém, aumenta a probabilidade de encontro de alelos idênticos por descendência, elevando o risco de doenças recessivas.
Logo, a razão principal é:
A) à ação de um gene recessivo que se manifesta em homozigose no indivíduo.
Alelos dominantes e recessivos: Um gene recessivo só se expressa quando o indivíduo é homozigoto (aa). Se for heterozigoto (Aa), o alelo dominante mascara o efeito do recessivo.
Consanguinidade: Parentes próximos compartilham parte de seu genoma. Isso aumenta a probabilidade de ambos portarem o mesmo alelo recessivo raro.
Carga genética recessiva: Cada pessoa traz, em média, 4-6 alelos deletérios recessivos. Em cruzamentos entre aparentados, a chance de combinação desses alelos em homozigose cresce, gerando doenças genéticas.