Leia a charge (figura) e o texto a seguir
Texto
Assim como [...] [Mário de Andrade] reconhece e afirma que há uma gota de sangue em cada poema, assim também, parafraseando o poeta, queremos reconhecer e sustentar que há uma gota de sangue em cada museu. [...] Admitir a presença de sangue no museu significa também aceitá-lo como arena, como espaço de conflito, como campo de tradição e contradição. Toda a instituição museal apresenta um determinado discurso sobre a realidade. Este discurso, como é natural, não é natural e compõe-se de som e de silêncio, de cheio e de vazio, de presença e de ausência, de lembrança e de esquecimento.
CHAGAS, Mario Souza. Há uma gota de sangue em cada museu: a ótica museológica de Mario de Andrade. 2. ed. Chapecó: Argos, 2015. v. 1. p.19.
Com base na charge (figura), no texto e na teoria de Pierre Bourdieu, é correto afirmar que museus expressam, também,
o poder da ideologia dos que se impõem economicamente pela posse dos meios de produção.
a consciência coletiva do conjunto da sociedade e suas formas de solidariedade.
o arbitrário cultural ou leitura de mundo proposta pelos dominantes em uma estrutura específica.
a ação racional com relação a valores visando combater a anomia social e preservar as instituições.
o esforço da burguesia em demonstrar a existência de vencidos e, sobretudo, vencedores na história.