José Murilo de Carvalho, em sua obra Cidadania no Brasil: o longo caminho, argumenta que uma noção de cidadania plena, que combine liberdade, participação e igualdade para todos, é um ideal típico do Ocidente, que talvez seja inatingível. Contudo, essa ideia tem servido de parâmetro para o julgamento da qualidade da cidadania em cada país e em cada momento histórico.
A respeito da concepção de cidadania problematizada pelo autor, no contexto da história brasileira, é correto afirmar:
O processo de cidadania teve início a partir da aquisição dos direitos sociais, culminando na consolidação dos direitos políticos.
Um dos problemas brasileiros tem sido a incapacidade de seguir a sequência correta de aquisição dos direitos: civis, políticos e sociais.
Especialmente no governo de Getúlio Vargas, foi usual a ênfase nos direitos sociais para suprir a carência de direitos civis e políticos.
O ano de 1930, a partir da ascensão de Getúlio Vargas à presidência, foi um divisor de águas para a história brasileira, na medida em que consolidou a cidadania plena, ao garantir a aquisição dos direitos políticos, sociais e civis.