INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.
TEXTO
XXXII
Como quisesse livre ser, deixando
As paragens natais, espaço em fora,
A ave, ao bafejo tépido da aurora,
Abriu as asas e partiu cantando.
[5] Estranhos climas, longes céus, cortando
Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora
Que morre o sol, suspende o voo, e chora,
E chora, a vida antiga recordando ...
E logo, o olhar volvendo compungido
[10] Atrás, volta saudosa do carinho,
Do calor da primeira habitação...
Assim por largo tempo andei perdido:
– Ali! que alegria ver de novo o ninho,
Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!
LAJOLO, Marisa. Os melhores poemas de Olavo Bilac. São Paulo: Global Editora, 2015.
Sobre o poema de Olavo Bilac, é correto afirmar que
a ave sai voando ao longo da manhã como se quisesse buscar por liberdade.
a ave não consegue voltar ao ninho, pois perdeu o rumo.
o pássaro lamenta a falta de liberdade, mesmo querendo voltar.
o eu lírico se identifica com a ave por trilharem rotas semelhantes.