INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.
“Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade”.
Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.
Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo esta considerada como
uma concessão parcial da sociedade política aos indivíduos.
uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento da sociedade política.
o fundamento moral para o exercício do poder absoluto do Estado.
o fruto material da exploração do homem pelo homem.
um direito natural a ser protegido pela sociedade política.