INSTRUÇÃO: Leia o texto abaixo para responder a questão.
O fragmento abaixo foi retirado do livro Não Verás País Nenhum, de autoria de Ignácio Loyola Brandão. Leia-o atentamente:
Para cada homem em circulação, existe praticamente um Civiltar ao seu lado. Eles andam girando a cabeça para todos os lados e se assemelham a robôs. O treinamento intensivo desperta neles, compulsivo, o faro, o instinto. Não sei como, enxergam tudo. Verdade.
Parece que são treinados pelos mesmos métodos com que se ensinavam os antigos cães pastores na polícia militar. Ficam condicionados e são uma beleza na eficiência. Por menos que se goste deles, é preciso reconhecer: os Civiltares evitam catástrofes nesta cidade. Pior sem eles.
Chegamos a esse ponto. Aceitar os Civiltares como necessários, suportá-los e chamá-los de vez em quando. Para mim, ter de fazer isso um dia vai ser pior que tomar óleo de rícino. O quê? Óleo de rícino? Ainda existe? Cada coisa de que me lembro de repente. É engraçado.
BRANDÃO, Ignácio De Loyola Não Verás País Nenhum, 2007, p. 22-23. Adaptado.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse.
O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
Para cada homem em circulação, existe praticamente um Civiltar ao seu lado. (l. 1)
Eles andam girando a cabeça para todos os lados (l. 2)
O treinamento intensivo desperta neles, compulsivo, o faro, o instinto. (l. 3)
(...) os Civiltares evitam catástrofes nesta cidade. (l. 5)
Parece que são treinados pelos mesmos métodos com que se ensinavam os antigos cães pastores na polícia militar. (l. 6)