UNESP 2010/2

Instrução: A questão tomam por base uma matéria assinada por Danilo Albergaria na revista eletrônica COMCIÊNCIA:

 

Cinema e Telejornalismo: Convergência de Linguagens para Divulgar Ciênci

 

    Encampando um ponto de vista em que um vídeo de divulgação científica não deve apenas ensinar e informar, mas também entreter, motivar e gerar curiosidade, Iara Cardoso defendeu a convergência das linguagens telejornalística e cinematográfica para incrementar as produções de vídeo voltadas para a ciência: “A convergência é possível, é necessária, e cada vez mais acessível com as novas tecnologias digitais”, disse a jornalista em apresentação durante o Foro Iberoamericano de Comunicação e Divulgação Científica, que ocorreu na Unicamp entre os dias 23 e 25 de novembro.

    A ideia de mesclar linguagens aparentemente distantes surgiu quando Cardoso começou a produzir o vídeo SitRaios, encomendado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para divulgar a ciência por trás de um software que localizava mais facilmente descargas elétricas atmosféricas nas linhas de energia e possibilitava um religamento mais rápido da eletricidade. “Seria maçante produzir esse vídeo da maneira tradicional. Então, introduzimos, num vídeo que usualmente estaria destinado a ser muito próximo do telejornalismo, a linguagem do cinema. Utilizamos conceitos como o de revelação e de aumento de expectativa – introduzimos uma narrativa, enfim”, afirma Cardoso. Além da roteirista e diretora, a equipe, enxuta, teve apenas mais um editor e um cinegrafista. “Esse tipo de convergência não demanda mais recursos do que uma produção tradicional”, defende.

    As produções de cinema são tradicionalmente mais dispendiosas do que vídeos jornalísticos. Porém, contrariando o que o senso comum pensa sobre os custos dos vídeos que incorporam linguagens cinematográficas, Cardoso esclarece que os custos de produção tornaram-se mais acessíveis com o surgimento das novas tecnologias digitais. Ela aponta, por exemplo, que tornaramse amplamente acessíveis as câmeras digitais, hoje largamente utilizadas tanto no cinema quanto na produção jornalística. “Os próprios cineastas estão, cada vez mais, filmando com o suporte digital”, afirma. Outra facilidade está na edição digital: “Mesmo quem ainda não aderiu ao suporte digital nas filmagens nunca deixa de utilizar a edição digital, que se tornou imprescindível. Perto da edição em computadores, os antigos métodos tornaramse inviáveis”, avalia.

    Enquanto o suporte tecnológico facilita a convergência e aproxima linguagens, o que é realmente fundamental, na visão da jornalista, são as ideias por trás do vídeo: são elas, as concepções, que vão formar um roteiro interessante, as bases do apelo dos vídeos de ciência para o grande público. Segundo a diretora, a incorporação da dramaticidade, do suspense – ferramentas usuais na narrativa ficcional – ajudam um vídeo a tornar mais atraente uma teoria ou explicação científica. Ao mesmo tempo, se feita com o devido preparo e seriedade, não compromete a qualidade da informação transmitida — pelo contrário, a potencializa.

(Danilo Albergaria. Cinema e telejornalismo: convergência de linguagens para divulgar ciência. COMCIÊNCIA, www.comciencia.br, 26.11.2009.)

O vocábulo suspense, que o português tomou emprestado da língua inglesa (e esta, por sua vez, da língua francesa), é empregado no último parágrafo do texto no sentido de:

a

Recurso tecnológico de suspensão do ator ou de objetos em cena por meio de cordas ou cabos invisíveis. 

b

Expediente cinematográfico de colagem, num filme, de cenas de filmes anteriores. 

c

Apresentação do desfecho da narrativa logo no início, para não deixar margem de dúvida ao leitor. 

d

Técnica cinematográfica que procura gerar tensão no espectador, ao deixar por maior ou menor tempo sem solução uma ou mais sequências de ações. 

e

Desfecho de uma narrativa de cinema, televisão ou literatura, em que o conflito não é solucionado.

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D
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