Influenciado pela estética do neorrealismo italiano nasceu, no Brasil, na passagem dos anos 1950-1960, o Cinema Novo. O Cinema Novo nasce escaldado pelo fracasso da experiência industrial da Vera Cruz entre os anos de 1940 e 1950, uma tentativa de organizar o cinema nacional nos moldes hollywoodianos(estrutura empresarial: grande estúdio; produções gigantescas; enormes sucessos de bilheteria; atores glamourizados pela imprensa, enfim, o cinema-espetáculo). A produção nacional não conseguia competir com a norte-americana.
(A influência neorrealista no cinema brasileiro e o início do Cinema Novo – Cinema em Foco.)
Com a frase célebre de seu idealizador Glauber Rocha: “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, o Cinema Novo caracterizou-se, entre outros aspectos:
Por ser uma espécie de arte apolítica, desvinculada de qualquer referência à contemporaneidade da época.
Pela preocupação em retratar a realidade nacional, um cinema comprometido com os problemas do seu tempo.
Pela íntima vinculação com o governo e suas ideologias, uma vez que suas produções eram subsidiadas pelo poder público.
Pela busca da artificialidade e da alienação, evitando temas que tratassem da problemática do subdesenvolvimento ou das discrepâncias sociais.