Infinito Particular
Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Marisa Monte
Com base na canção Infinito Particular, de Marisa Monte, assinale a alternativa incorreta.
A canção se constrói por meio de imagens paradoxais, reforçadas pelo título.
Uma das marcas da linguagem coloquial presente na canção é o fato de o eu lírico dirigir-se ao seu intelecutor alternando as pessoas do discurso tu e você, como se evidencia pelo uso de verbos e pronomes.
No verso 8, há assonância e rima interna.
O emprego proclítico dos pronomes átonos “me” e “se” tem a mesma justificativa: ocorrência de verbo no imperativo.
Além da função poética, evidenciam-se, na canção, as funções emotiva e apelativa.