“Inferno dos negros, purgatório dos brancos, paraíso dos mulatos”.
A frase se refere à sociedade brasileira, na época colonial, que e se caracterizava, entre outros,
pelos privilégios dispensados aos mulatos, os “homens bons”, grandes proprietários de engenho e os únicos com o direito de votar nas eleições das Câmaras Municipais.
pela situação precária dos colonos portugueses, que não tinham direito à posse da terra nem a participar da administração colonial, devido à política monopolizadora da Metrópole, que temia a eclosão de movimentos separatistas.
pela condição hereditária dos escravos, considerados objetos de produção, exceto quando, por iniciativa do proprietário, lhe fosse concedida a alforria, ou seja, a interrupção do cativeiro.
pela submissão da população à Igreja Católica, que acumulou o poder político ao religioso, submetendo os órgãos administrativos coloniais à Igreja de Roma.
pela liberdade dos indígenas e dos mulatos, para quem a colônia também representava o “paraíso”, por de terem escapado do trabalho compulsório e preservado sua liberdade.