Neste enredo alegórico, Gil Vicente apresenta personagens embarcando rumo ao Inferno ou ao Paraíso, expondo de forma cômica e crítica os desvios morais da sociedade de sua época. O moralismo vicentino responsabiliza principalmente o indivíduo por suas falhas, em vez de culpar genericamente as instituições. A alternativa correta, portanto, é a letra B. Suas personagens são figuras-tipo, como o Fidalgo, a Alcoviteira, o Onzeneiro, e cada um carrega consigo os pecados que os condenam ou os absolvem. O autor critica certos males sociais ao colocar um Diabo sagaz e um Anjo criterioso, ambos encarregados de fazer o julgamento simbólico da alma de cada personagem.
Auto da Barca do Inferno é uma peça de Gil Vicente, do século XVI, marcada por seu teor satírico e moralizante. Apresenta personagens que representam diferentes grupos sociais, enfrentando o julgamento de suas ações em vida no embarque para o Além. Embora haja crítica à sociedade, a obra dá ênfase à responsabilidade individual pelos vícios de cada personagem.